A crise na saúde com a pandemia do Coronavírus piorou uma situação que já era difícil no Brasil: a situação financeira e o endividamento das famílias. Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) de março deste ano, mostraram que o percentual de famílias endividadas no país chegou a quase 70%. A maioria das famílias brasileiras ganham até 3 salários mínimos e têm pouco ou nenhum conhecimento sobre educação financeira. O dinheiro é um recurso finito, que precisa ser administrado. Como as pessoas estão mais em casa, os gastos aumentaram, principalmente com o consumo de energia, água e itens de higiene, além do aumento do desemprego e da inflação, acarretando o agravamento da situação.
Ter planejamento financeiro, renegociar as dívidas e buscar opções de crédito são medidas que o endividado pode tomar para sair do endividamento.
Crédito na pandemia
Segundo uma pesquisa da Serasa, oito em cada 10 consumidores brasileiros usaram algum tipo de crédito durante a pandemia. Apesar da maioria recorrer ao cartão, 42% procuraram o empréstimo pessoal ou consignado. E para a retomada econômica pós-pandemia, mais de 55% dizem que usarão empréstimos para pagar suas dívidas. Com os devidos cuidados, pegar um empréstimo pode ser uma saída interessante para recuperar o controle das finanças.
Conheça algumas situações específicas que podem ajudar na recuperação financeira das famílias:
1 – Trocar juros mais altos por taxas menores:
Ocorre quando pegamos um empréstimo para liquidar as dívidas de juros mais altos. É uma boa alternativa para cobrir o cheque especial ou evitar o crédito rotativo do cartão, quando deixamos de pagar o valor total da fatura, casos em que os juros são bem mais elevados. O empréstimo consignado costuma ser a opção mais vantajosa, pois como o desconto ocorre diretamente na folha de pagamento, o risco do banco na operação é reduzido, o que garante uma taxa de juros menores.
2 – Obter descontos comprando à vista:
Ao comprar algo relevante, como um eletrodoméstico, por exemplo, pegar um empréstimo pode ser uma boa opção caso haja desconto na compra à vista. Normalmente, vale a pena pegar empréstimo em vez de fazer o parcelamento na loja. Além disso, os juros praticados no comércio serão mais altos que os do empréstimo, o que garante uma margem de lucro ainda maior.
3 – Limpar o nome no mercado:
Muitas dívidas podem levar as pessoas a terem os nomes negativados no SPC e Serasa. Além do abalo psicológico, essa condição inviabiliza boas oportunidades, como um financiamento imobiliário. Ao adquirir um empréstimo para pagar as dívidas, é possível limpar o nome rapidamente.
4 – Abrir o próprio negócio:
Com o desemprego em alta, cresceu o número de brasileiros interessados em abrir seu próprio negócio. O empréstimo pode fazer seu negócio sair do papel mais rápido e começar a dar retorno no curto prazo.
Lembramos que é preciso ter, porém, um bom planejamento que garanta que o valor da parcela assumida caiba no seu orçamento. Caso contrário, há o risco de contrair novas dívidas e a situação sair novamente do controle.
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